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O que são Substantivos? Tudo o que você precisa saber sobre essa classe gramatical, seus tipos e flexões com exemplos!

Substantivos são termos responsáveis por nomear seres, objetos, ações, lugares, etc. Existem 9 tipos de substantivos: comum, próprio, coletivo, abstrato, concreto, composto, simples, derivado e primitivo. E eles são flexionados em gênero, número e grau.

Pilhas de Letras

O que são os substantivos?


Os substantivos são uma classe de palavras responsáveis por nomear seres, objetos, ações, sentimentos, lugares, ideias, etc. São flexionados em gênero, número e grau e classificados por tipos, por exemplo: substantivo comum, coletivo e próprio.

Sendo assim, podemos classificar o significado de “substantivo” como uma variável que existe para dar nome:

  • às pessoas (Maria, Carlos, João, Luiza…);

  • às qualidades (a beleza da mulher, a teimosia do menino, a grandeza da vida…);

  • aos sentimentos (amizade, raiva, rancor…);

  • aos objetos (tênis, mesa, cigarro, caixa…);

  • aos lugares (casa, escritório, corredor, aeroporto, Alemanha, São Paulo…);

  • aos seres reais e imaginários (homem, fada, Papai Noel, cachorro…);

  • às ações (tapa, corrida, piscadela, movimento…).

Os substantivos podem ser precedidos por numerais (uma menina), pronomes (a menina), ou adjetivos (linda menina).


Tipos de substantivos:

De acordo com a norma culta, os substantivos são classificados em nove tipos diferentes: comum, próprio, coletivo, abstrato, concreto, composto, simples, derivado e primitivo. Cada uma dessas classificações será explicada e exemplificada a seguir:


1. Substantivo comum

O substantivo comum refere-se a qualquer ser ou objeto de uma determinada espécie sem particularizá-lo.


Exemplos: mulher, gato, cachorro, caneta, jornal, cidade.


2. Substantivo próprio

O substantivo próprio particulariza e destaca algum ser em particular dentro de determinada espécie. Geralmente, é escrito com letra maiúscula.


Exemplos: Maria, Japão, Ceará, Atlético.


3. Substantivo coletivo

O substantivo coletivo existe para designar um conjunto ou pluralidade de seres da mesma espécie.


Exemplos: flora, multidão, cardume, floresta, manada.


4. Substantivo abstrato

O substantivo abstrato nomeia ações, qualidades, sentimentos e estados que dependem de outro ser concreto para existir.


Exemplos: beleza, ensino, bravura, pobreza, alegria.


5. Substantivo concreto

O substantivo concreto serve para nomear seres que possuem existência própria e independente.


Exemplos: lápis, mulher, cachorro, gato.


6. Substantivo composto

O substantivo composto é formado por mais de um elemento, por meio da “composição de palavras”.


Exemplos: couve-flor, louva-a-deus, guarda-roupa.


7. Substantivo simples

O substantivo simples representa nomes formados por apenas uma palavra.


Exemplos: terra, sapato, água, amor, cheiro.


8. Substantivo derivado

O substantivo derivado é formado a partir de outras palavras.


Exemplos: livraria, noitada, aguaceiro, pedregulho.


9. Substantivo primitivo

Ao contrário do derivado, o substantivo primitivo é único e não deriva de outras palavras, mas pode originar diferentes termos.


Exemplos: livro, noite, água, pedra.


Como você pode perceber, é possível que um mesmo substantivo possua várias classificações diferentes.



Flexão do substantivo

O substantivo pode flexionar-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo e aumentativo).



Flexão de gênero


Uma confusão muito comum para quem está aprendendo sobre substantivos ocorre geralmente com os conceitos de “sexo” e “gênero”. Nunca pense que os dois são a mesma coisa!


Os gêneros dizem respeito a todos os substantivos da língua portuguesa, sejam eles dotados de sexo ou não. Por exemplo: o gato, a gata, a mesa, a mulher, o telefone e o caderno.


São considerados masculinos os substantivos que geralmente seguem os artigos “o”, “os”, “um” e “uns”. Já os femininos costumam ser precedidos dos artigos “a”, “as”, “uma” e “umas”. Até mesmo alguns substantivos referentes a animais ou pessoas apresentam uma discrepância entre gênero e sexo: “cônjuge”, por exemplo, sempre será uma palavra masculina, ainda que o termo esteja se referindo a uma pessoa do sexo feminino.


O principal instrumento que temos para classificar um substantivo quanto ao gênero é o artigo. É ele que diferencia quando um substantivo como “estudante” é feminino ou masculino, visto que a palavra em si não deixa isso explícito.


Temos, na língua portuguesa, dois gêneros e substantivos uniformes e biformes. Chamamos de uniformes aqueles que têm uma forma única para ambos os gêneros, como é o caso dos comuns-de-dois, como “estudante”. Neles, o gênero precisa ser diferenciado pelo artigo, caso contrário, será desconhecido.


Outros exemplos de substantivos que se comportam assim são:


  • a capitalista, o capitalista;

  • o cliente, a cliente;

  • o agente, a agente;

  • o colega, a colega;

  • a dentista, o dentista;

  • a doente, o doente;

  • o fã, a fã;

  • o gerente, a gerente;

  • a imigrante, o imigrante; e

  • a jornalista, o jornalista.


Não é complicado entender ou flexionar estes quanto ao gênero, bastando aplicar o artigo adequado. Entretanto, é nos substantivos biformes que temos o máximo de variação. E, por isso, é para eles que devemos estar mais atentos.


São substantivos biformes a maioria daqueles que terminam em “o” e “a”, “ão” ou “ã”, “or”, “ês”, “l” e “z”. Ainda temos aqueles cuja última sílaba é “esa”, “essa” e “isa” e formações que não se encaixam em absolutamente nenhum desses grupos.


É que dentro dos substantivos biformes temos palavras de formação irregular, como “ateu”, “ator”, “avô”, “embaixador”, “europeu”, “guri”, “judeu”, “mandarim”, “rei”, “galo”, “sultão” e “pigmeu”, por exemplo. Cada um desses tem uma forma particular de se transformar em substantivo feminino, respectivamente “atéia”, “atriz”, “avó”, “embaixatriz”, “europeia”, “guria”, “judia”, “mandarina”, “rainha”, “galinha”, “sultana” e “pigmeia”.


Em casos como esses, apenas conhecendo ambas as palavras você conseguirá flexionar seu gênero. Uma boa forma de sanar dúvidas ao aplicar termos como estes nas suas redações é consultando um dicionário. Ali sempre estarão contidas tanto feminino quanto masculino de uma palavra.


Consultar um dicionário pode ser especialmente útil no caso dos substantivos biformes que têm palavras diferentes para masculino e feminino. Essa categoria de palavras é um grande desafio para quem está aprendendo português pela primeira vez. E a única forma que temos de familiarizar-nos com elas é conhecendo-as.


Ler bastante vai ajudar. Entretanto, preparamos uma lista dos principais substantivos biformes que são exclusivos para cada gênero abaixo:


  • genro, nora;

  • pai, mãe;

  • homem, mulher;

  • zangão, abelha;

  • bode, cabra;

  • boi, vaca;

  • cavalo, égua;

  • cavalheiro, dama;

  • cavaleiro, amazona; e

  • carneiro, ovelha.


Por último, dentro dos substantivos biformes temos aqueles que significam coisas diferentes quando aplicados em um gênero diferente. Isso é algo importante de se saber porque pode mudar drasticamente o sentido das suas frases. Veja, por exemplo:


  • Antônio é o cabeça do negócio (chefe);

  • A minha cabeça está doendo (parte do corpo);

  • Entrei com o capital para me tornar sócio da empresa (dinheiro);

  • São Paulo não é a capital do país, mas sim sua maior cidade (localização);

  • Há muito tempo não ouço o rádio (aparelho); e

  • Adoro sintonizar essa rádio (estação).


Flexão de número


Provavelmente a mais fácil de se fazer, a flexão substantiva de número diz respeito a colocá-los no singular ou no plural. De maneira geral, na língua portuguesa, o plural é demonstrado com a inclusão da letra “s” no fim das palavras, mas, como é típico do nosso idioma há exceções para essa regra.


Se o plural de “colega” é “colegas” e o plural de “menina” é “meninas”, a mesma regra não pode ser dita para aquelas palavras que terminam com as letras “al”, “el”, “ol” e “ul”. Nessas devemos trocar a letra “l” por “is”. Na prática:


  • papel – papéis;

  • jornal – jornais;

  • barril – barris;

  • anzol – anzóis;

  • anel – anéis; e

  • azul – azuis;


Todavia, como os substantivos são muitos e podem terminar, basicamente, com qualquer letra do idioma temos exceções também naqueles cujas últimas letras são “r” e “z”. Para flexioná-los devemos adicionar o sufixo “es”:


  • amor – amores;

  • dor – dores;

  • luz – luzes; e

  • cruz – cruzes;


Se temos paroxítonas terminadas em “s”, o plural é sempre invariável. Por isso palavras como “ônibus” são idênticas quando flexionadas. Substantivos em “x” também não variam, portanto “o xérox” e “os xérox” são a maneira certa de se escrever.


Mas caso essas palavras terminadas em “s” sejam oxítonas, elas ganham o sufixo “es” para se tornarem plurais. Pense, por exemplo, em “país” que flexiona-se como “países”.


Todos os substantivos terminados em “n” formam plural em “es” ou “s”. É o caso de “pólen” e “pólens”. Os terminados em “m”, flexionam-se com adição do “ens”, como “armazém” que vira “armazéns”.


Por último, tudo que termina em “ão” pode virar “ões”, “ães” ou “ãos”. Depende da palavra que estamos flexionando. “Eleição” vira “eleições”, mas “pão” vira “pães” e “cidadão” transforma-se em “cidadãos”.



Flexão de grau


A flexão de grau é aquela que identifica a grandeza de um determinado substantivo. Ou seja, o seu aumentativo. Ela existe para que não precisemos fazer construções como “ele era um gato grande” o tempo todo. E para que possamos, em seu lugar, optar pelo simples “ele era um gatão”.


Embora comumente criadas com os sufixos “ão” e “ona”, como em nosso exemplo anterior, também podem ser feitas com “inho” e “inha”, quando queremos indicar pequeneza.

Os dois graus do substantivo são, portanto, aumentativo e diminutivo. Mas ainda que, na flexão, a nossa tendência seja estudá-los enquanto componentes das palavras eles também podem aparecer associados a elas. Um “menininho” é a forma sintética de dizer “menino pequeno”, que, por sua vez, é a forma analítica de expressar a mesma grandeza.

Alguns dos exemplos de flexão de grau mais comuns são:


  • amigo – amigão – amiguinho;

  • boca – bocarra – boquinha;

  • moça – mocetona – moçoila; e

  • povo – povaréu – poviléu.


A qual área da gramática o substantivo pertence?

Os substantivos fazem parte da morfologia, que é uma área responsável pelo estudo da formação, estruturação, flexão e classificação de todas as palavras da língua portuguesa.

Um diferencial dessa área é que ela realiza um estudo detalhado de palavras e termos isolados, e não agrupados em frases, orações ou períodos. É justamente a análise morfológica que cataloga todas as palavras que conhecemos naquelas dez classes gramaticais que você viu na introdução.


Quais são as funções sintáticas dos substantivos?

Você já sabe que a nossa língua possui uma quantidade muito grande de substantivos que podem assumir funções diferentes, dependendo do contexto em que se encontram.

A função sintática de cada substantivo representa o papel que aquela palavra desempenha dentro de uma oração, levando em consideração todas as outras palavras que o acompanham naquele contexto (diferente da morfologia, que estuda o substantivo sozinho).


Sendo assim, o substantivo pode atuar como núcleo dentro das seguintes funções sintáticas:


  • Sujeito (José foi embora; cigarros causam câncer);

  • Predicativo (ela é um anjo; o primeiro colocado foi João);

  • Objeto (preciso de um livro novo; procurei algumas flores lá fora);

  • Complemento nominal (a leitura do livro é necessária para a prova);

  • Vocativo (Pai, vamos embora!);

  • Adjunto (o rosto de Maria é muito bonito; comprei arroz no supermercado);

  • Aposto (Fernanda Silva, a vítima, morreu na hora);

  • Agente da passiva (fui assaltado por aquele homem).


Substantivos podem ter sentidos amplos e complicados à primeira vista, mas todo bom leitor e escritor precisa dominá-los e conhecer a morfologia das palavras para saber explorar as possibilidades que tem em um texto.


Com o tempo, você verá que não se trata de memorizar tantas especificações, mas compreendê-las e saber como aplicá-las.



A Utilização de Substantivos na Redação para Publicidade


Os substantivos desempenham um papel crucial na redação publicitária, uma vez que são responsáveis por nomear e descrever os elementos mais importantes de uma mensagem. Na publicidade, a escolha e o uso adequado dos substantivos podem impactar significativamente a eficácia de uma campanha, ajudando a atrair a atenção do público, evocar emoções e transmitir a mensagem de maneira clara e memorável.



Importância dos Substantivos na Publicidade


Em um cenário onde a competição pela atenção do consumidor é intensa, os substantivos bem escolhidos podem diferenciar uma marca ou produto. Eles têm o poder de criar imagens vívidas na mente do consumidor, associar produtos a sentimentos positivos e estabelecer uma identidade clara para a marca.


Por exemplo, ao descrever um novo perfume, palavras como "elegância", "sofisticação" e "luxo" ajudam a construir uma imagem aspiracional. Da mesma forma, ao promover um brinquedo infantil, substantivos como "diversão", "aventura" e "imaginação" evocam o tipo de experiência que os pais desejam proporcionar aos seus filhos.



Técnicas para Utilizar Substantivos de Forma Eficaz


  1. Conheça o Público-Alvo: Entender o público-alvo é essencial para escolher substantivos que ressoem com suas necessidades, desejos e valores. Substantivos que evocam sentimentos ou aspirações específicas são mais eficazes quando alinhados ao perfil do consumidor.

  2. Seja Descritivo e Específico: Substantivos específicos e descritivos são mais impactantes do que termos genéricos. Em vez de usar "produto de alta qualidade", optar por "relógio de precisão suíça" proporciona uma imagem clara e distinta.

  3. Crie Conexões Emocionais: Utilizar substantivos que evocam emoções pode ajudar a criar uma conexão emocional com o consumidor. Termos como "segurança", "confiança" e "felicidade" podem ser poderosos quando associados ao uso ou posse de um produto.

  4. Estabeleça a Identidade da Marca: Substantivos desempenham um papel fundamental na construção da identidade de uma marca. A escolha de palavras que refletem os valores e a personalidade da marca ajuda a estabelecer uma conexão consistente e reconhecível com o público.

  5. Use Substantivos de Forma Concisa e Clara: Em publicidade, a clareza e a concisão são essenciais. Substantivos devem ser usados de maneira a comunicar a mensagem de forma direta e imediata, sem ambiguidade.

Exemplos Práticos de Uso de Substantivos na Publicidade


  • Campanhas de Bebidas: "Refresque-se com a pureza cristalina da nossa água mineral."

  • Produtos de Beleza: "Revele sua beleza natural com a nova linha de cosméticos orgânicos."

  • Tecnologia: "Experimente a velocidade e inovação do nosso novo smartphone."

  • Automóveis: "Descubra a potência e elegância do nosso novo modelo esportivo."


A utilização de substantivos na redação publicitária é uma ferramenta poderosa que, quando usada com habilidade, pode transformar campanhas e maximizar seu impacto no público. A escolha criteriosa de palavras, aliada a um entendimento profundo do público-alvo e da identidade da marca, permite criar mensagens persuasivas e memoráveis. Em última análise, os substantivos não apenas nomeiam e descrevem; eles contam histórias, evocam emoções e constroem a imagem da marca no imaginário coletivo. Por isso, dominar o uso de substantivos na publicidade é essencial para qualquer redator que deseja criar campanhas eficazes e bem-sucedidas.


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