O Panorama Atual: Um Olhar Analítico
A Interbrand, uma autoridade global em avaliação de marcas, recentemente divulgou o aguardado ranking das Marcas Mais Valiosas de 2023. Este estudo, fundamentado em anos de análise meticulosa, apresenta não apenas uma lista das marcas de elite, mas também revela tendências cruciais e insights valiosos sobre a economia global e o comportamento do consumidor.
Estagnação vs. Crescimento: Uma Comparação com Anos Anteriores
Um ponto notável no relatório de 2023 é a desaceleração no crescimento do valor global das marcas. Observamos um aumento modesto de 5,7% este ano, um contraste marcante com o salto de 16% em 2022. A Interbrand atribui esta tendência a fatores como a falta de uma mentalidade de crescimento e previsões econômicas desafiadoras.
Estagnação vs. Crescimento: Uma Análise Aprofundada do Mercado de Marcas
Contextualizando o Crescimento do Valor das Marcas
O relatório da Interbrand sobre as Marcas Mais Valiosas de 2023 lançou luz sobre um fenômeno intrigante no mundo corporativo: a desaceleração no crescimento do valor global das marcas. Esta tendência é particularmente notável quando contrastada com os dados históricos, especialmente o ano anterior. Em 2022, o mercado testemunhou um robusto crescimento de 16% no valor total das marcas, uma expansão que refletiu um período pós-pandemia de recuperação e otimismo. No entanto, em 2023, essa taxa de crescimento caiu para um mais modesto 5,7%, levando em conta o valor acumulado das marcas listadas.
Fatores Contribuintes para a Desaceleração
A desaceleração observada em 2023 não pode ser atribuída a um único fator, mas sim a uma combinação de elementos interconectados. A Interbrand, em seu relatório, destaca algumas causas principais:
Falta de Mentalidade de Crescimento: Muitas empresas, após um período de expansão acelerada, podem ter adotado uma postura mais conservadora ou complacente. Essa falta de uma mentalidade agressiva de crescimento pode ter levado a investimentos mais cautelosos e a uma menor disposição para assumir riscos, culminando em um crescimento mais lento.
Previsões Econômicas Desafiadoras: O cenário econômico global em 2023, marcado por incertezas políticas, volatilidade do mercado e possíveis resquícios da pandemia, pode ter influenciado negativamente as perspectivas de crescimento. A instabilidade econômica tende a reduzir a confiança dos consumidores e dos investidores, impactando diretamente o valor percebido e o desempenho das marcas.
Mudanças no Comportamento do Consumidor: A maneira como os consumidores interagem com as marcas está em constante evolução. As mudanças nos padrões de consumo, impulsionadas pela digitalização e novas prioridades (como sustentabilidade e responsabilidade social), exigem que as marcas se adaptem rapidamente para manter sua relevância e valor.
Comparação com Anos Anteriores
A comparação com os anos anteriores revela uma narrativa mais complexa do que simples números de crescimento. Enquanto 2022 foi marcado por um impulso de recuperação e otimismo, 2023 apresentou um cenário de maior prudência e recalibração das estratégias de marca. Isso sugere que o crescimento explosivo observado anteriormente não era sustentável a longo prazo e que as marcas agora estão se ajustando a uma nova realidade de mercado.
Implicações para o Futuro
A desaceleração do crescimento no valor das marcas sinaliza uma fase de reavaliação e potencial transformação no mundo corporativo. As marcas que se adaptarem eficazmente às novas realidades, mantendo uma mentalidade de crescimento inovadora e respondendo às mudanças nas expectativas dos consumidores, estarão melhor posicionadas para superar a fase de estagnação e retomar um caminho de crescimento sustentável. Este cenário sublinha a importância da flexibilidade e da inovação contínua nas estratégias de marca, especialmente em um ambiente econômico que está constantemente evoluindo.
Confira a lista completa das 100 marcas mais valiosas do mundo
Apple (US$ 502,6 bilhões)
Microsoft (US$ 316,6 bilhões)
Amazon (US$ 276,9 bilhões)
Google (US$ 251,7 bilhões)
Samsung (US$ 91,4 bilhões)
Toyota (US$ 64,5 bilhões)
Mercedes-Benz (US$ 61,4 bilhões)
Coca-Cola (US$ 58 bilhões)
Nike (US$ 53,7 bilhões)
BMW (US$ 51,1 bilhões).
McDonald’s (US$ 50,9 bilhões).
Tesla (US$ 49,9 bilhões),
Disney (US$ 48,2 bilhões)
Louis Vuitton (US$ 46,5 bilhões)
Cisco (US$ 43,3 bilhões)
Instagram (US$ 39,3 bilhões)
Adobe (US$ 34,9 bilhões)
IBM (US$ 34,9 bilhões)
Oracle (US$ 34,6 bilhões)
SAP (US$ 33 bilhões)
Facebook (US$ 31,6 bilhões)
Chanel (US$ 31 bilhões)
Hermês (US$ 30,1 bilhões)
Intel (US$ 28,2 bilhões)
YouTube (US$ 26 bilhões)
J.P.Morgan (US$ 25,8 bilhões)
Honda (US$ 24,4 bilhões)
American Express (US$ 24 bilhões)
Ikea (US$ 22,9 bilhões)
Accenture (US$ 21,3 bilhões)
Allianz (US$ 20,8 bilhões)
Hyundai (US$ 20,4 bilhões)
Ups (US$ 20,3 bilhões)
Gucci (US$ 19,9 bilhões)
Pepsi (US$ 19,7 bilhões)
Sony (US$ 19 bilhões)
Visa (US$ 18,6 bilhões)
Salesforce (US$ 18, 3 bilhões)
Netflix (US$ 17,9 bilhões)
PayPal (US$ 17,7 bilhões)
Mastercard (US$ 17,1 bilhões)
Adidas (US$ 16,5 bilhões)
Zara (US$ 16,5 bilhões)
Axa (US$ 16,4 bilhões)
Audi (US$ 16,3 bilhões)
Airbnb (US$ 16,3 bilhões)
Porsche (US$ 16,2 bilhões)
Starbucks (US$ 15,4 bilhões)
GE (US$ 15,3 bilhões)
Volkswagen (US$ 15,1 bilhões)
Ford (US$ 14,8 bilhões)
Nescafé (US$ 14,8 bilhões)
Siemens (US$ 14,5 bilhões)
Goldman Sachs (US$ 14,2 bilhões)
Pampers (US$ 13,7 bilhões)
H&M (US$ 13,6 bilhões)
L’Oréal Paris (US$ 13,6 bilhões)
Citi (US$ 13,6 bilhões)
Lego (US$ 13 bilhões)
Red Bull (US$ 12,9 bilhões)
Budweiser (US$ 12,9 bilhões)
eBay (US$ 12,7 bilhões)
Nissan (US$ 12,6 bilhões)
HP (US$ 11,8 bilhões)
HSBC (US$ 11,7 bilhões)
Morgan Stanley (US$ 11,3 bilhões)
Nestlé (US$ 11,3 bilhões)
Philips (US$ 11,2 bilhões)
Spotify (US$ 11,1 bilhões)
Ferrari (US$ 10,8 bilhões)
Nintendo (US$ 10,4 bilhões)
Gillette (US$ 10,4 bilhões)
Colgate (US$ 10,4 bilhões)
Cartier (US$ 9,8 bilhões)
3M (US$ 9,7 bilhões)
Dior (US$ 9,6 bilhões)
Santander (US$ 9,6 bilhões)
Danone (US$ 9,1 bilhões)
Kellogg’s (US$ 8,8 bilhões)
LinkedIn (US$ 8,5 bilhões)
Corona (US$ 8 bilhões)
FedEx (US$ 8 bilhões)
Caterpillar (US$ 8 bilhões)
DHL (US$ 8,7 bilhões)
Jack Daniel’s (US$ 7,5 bilhões)
Prada (US$ 7,3 bilhões)
Xiaomi (US$ 7,2 bilhões)
Kia (US$ 7 bilhões)
Tiffany & Co. (US$ 7 bilhões)
Panasonic (US$ 6,6 bilhões)
Hewlett e Packard Enterprise (US$ 6,6 bilhões)
Huawei (US$ 6,5 bilhões)
Hennessy (US$ 6,4 bilhões)
Burberry (US$ 6,4 bilhões)
KFC (US$ 6,3 bilhões)
Johnson & Johnson (US$ 6,3 bilhões)
Sephora (US$ 6,3 bilhões)
Nespresso (US$ 6,1 bilhões)
Heineken (US$ 6 bilhões)
Canon (US$ 6 bilhões)
Líderes da Inovação: Airbnb, Lego e Nike
Algumas marcas, no entanto, desafiaram a tendência geral de estagnação. Airbnb (#46), Lego (#59) e Nike (#9) são exemplos notáveis, tendo conseguido transcendender as normas estabelecidas em suas categorias. O sucesso dessas marcas sugere uma abordagem mais holística, focando em seu papel significativo na sociedade e na vida dos consumidores, em vez de se limitarem a estratégias puramente comerciais.
Setores em Destaque: Automotivo e Tecnologia
O Crescimento do Setor Automotivo
O setor automotivo foi o grande destaque em 2023, registrando um crescimento médio de 9% em valor de marca. Marcas como BMW (#10), Porsche (#47), Hyundai (#32) e Ferrari (#70) experimentaram um crescimento de dois dígitos, ressaltando a importância da mobilidade física no mundo digital de hoje. Este crescimento reflete a inovação contínua e a adaptação às demandas emergentes dos consumidores no setor automotivo.
Tesla: Uma Análise Crítica
Curiosamente, a Tesla (#12), apesar de manter sua posição, registrou o crescimento mais lento entre as marcas automotivas, com um aumento de apenas 4,0%. Este dado contrasta com o crescimento de marcas como BMW e Mercedes, indicando potencialmente uma saturação no nicho de veículos elétricos ou uma necessidade de estratégias de marketing renovadas.
O Futuro das Marcas Globais
O relatório da Interbrand de 2023 oferece uma visão intrigante do estado atual e do futuro potencial das marcas globais. Enquanto algumas marcas experimentam estagnação, outras estão prosperando, adaptando-se com sucesso a um ambiente de mercado em constante mudança. As marcas que conseguem se conectar com seus consumidores de maneiras significativas, tanto mental quanto fisicamente, estão preparadas para não apenas sobreviver, mas prosperar em um mundo cada vez mais complexo e interconectado.
Marcas mais valiosas do Brasil
Já no Brasil, Itaú, Bradesco e Skol compõem o top 3, respectivamente, de marcas mais valiosas, de acordo com o estudo “Marcas Brasileiras Mais Valiosas 2023”, da Interbrand.
Os 5 critérios utilizados para escolher as marcas mais valiosas do Brasil.
O estudo levou em consideração cinco critérios para criar o ranking das marcas mais valiosas. Entre eles:
1. A marca precisa ser de origem brasileira, ou seja, ter sido criada no Brasil.
2. Assim como ter informações financeiras públicas, o que se refere à transparência financeira dos gastos e faturamentos de uma marca.
3. Publicar resultados individuais das marcas, como por exemplo, resultados de ações ou campanhas específicas.
4. Gerar lucro econômico e positivo. O lucro econômico é uma forma que a empresa tem de avaliar o seu lucro considerando fatores que vão além da contabilidade.
Para ficar mais claro, ele faz uma análise levando em conta os ganhos e as perdas em um determinado período, tendo em consideração as tomadas de decisões de uma empresa e não apenas os resultados em números. E todo esse valor, precisa é claro, ser positivo.
5. Atingir índice de força de marca igual ou maior que 50. O índice de força de uma marca é definido de acordo com alguns critérios que estão estabelecidos no próprio relatório, como:
Liderança da marca, o que inclui seu propósito, alinhamento de acordo com esse propósito, capacidade de se sintonizar com os clientes e a velocidade de lançamento no mercado.
Engajamento da marca, que diz respeito a existência de experiências e ativos que sejam reconhecidos e lembrados pelos clientes da marca, além de serem difíceis de reproduzir.
Outros pontos desse critério que precisam ser contemplados são o fato de que a marca precisa ser coerente com seu discurso teórico e ter a capacidade de criar um senso de diálogo com os clientes e estimular a participação.
E a relevância da marca, que leva em conta o quão presente e lembrada ela é entre o público, se ela é confiável e se o público consegue se conectar com ela.
Confira abaixo o ranking composto pelas 10 marcas mais valiosas do país:
Itaú – R$ 44.3 bilhões
Bradesco – R$ 28.6 bilhões
Skol – R$ 18.8 bilhões
Brahma – R$ 13.2 bilhões
Banco do Brasil – R$ 10.3 bilhões
Natura – R$ 9.7 bilhões
Nubank – R$ 3.8 bilhões
Petrobras – R$ 3.5 bilhões
Magalu – R$ 3.0 bilhões
Vivo – R$ 3.0 bilhões
Fontes:
Interbrand, "Marcas Mais Valiosas de 2023".
Estudo da Interbrand sobre tendências de crescimento de marca e economia global.
Estou surpreso que a Apple esteja acima da Microsoft. O que torna a Apple melhor que a Microsoft, exceto seus telefones e smartwatches que são obviamente melhores?